segunda-feira, 20 de junho de 2011

Fundamentalismo na política

Por Adelson Vidal Alves



           Podemos dizer que o fundamentalismo teve sua origem nos EUA quando teólogos de uma Universidade  lançaram um documento sobre os fundamentos do cristianismo, no qual  colocavam a necessidade da interpretação literal dos textos bíblicos. Daí em diante o fundamentalismo passou a ser sinonimo de doutrinas que associam-se a verdades absolutas.
            O fundamentalismo perpassa todas as formas de organização humana, apesar de seu habitat natural ser religioso. Na política ele é identificado com filosofias dogmáticas, incapazes de enxergar a pluralidade das concepções humanas e se concretizam com práticas de não convivência com a diferença, certo que a verdade está sempre do seu lado.
            A esquerda está cheio de fundamentalistas. Adeptos de São Marx, São Trotsky e outros tantos grandes teóricos, divinamente envolvidos pelo sectarismo, são na maioria arrogantes, avessos a ignorância alheia. Para eles ninguém presta, salvo suas minusculas e insignificantes seitas. Fora eles todo mundo é pelego, traidor, chapa branca. Participar de governos não é visto como uma estratégia politica em um quadro desvantajoso na correlação de forças, mas sim um governismo oportunista, coisa de gente que gosta de mamar na teta do Estado.
            Só olham para o próprio umbigo, se autoidolatram, olham o mundo ao redor como sendo um espaço de gente estúpida, distante do alto pedestal intelectual e moral que se assentam. Adoram apontar o dedo, julgar criticar e jamais fazem autocritica, certos de sua infabilidade.
           Em geral não constroem nada, se confinam em grupóides fechados e no cenário politico se vangloriam quando rompem com algo ao invés de construir alianças. PSOL, PSTU e PCB não lançaram candidatura unificada a presidencia na ultima eleição puramente pela vaidade de não ceder pontos divergentes. O resultado foi um blá blá vazio longe do povo e de seus anseios.
           Os fundamentalistas são amados pela direita, seus sectarismos ajudam a preservar o sistema, que agradece tamanha falta de competência e articulação.

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