quarta-feira, 27 de junho de 2012

Camaleão ou Raposa?

Por Adelson Vidal Alves



O Camaleão é um réptil conhecido por mudar a sua cor na adaptação a um ambiente ou a uma situação. Esta estratégia o ajuda a se proteger de potenciais predadores e passar despercebido por eles. 
A raposa é um animal mamífero, caracterizado por um focinho comprido e caudas longas e peludas. Em sua estratégia de caça, se utiliza de vários recursos considerados astutos, sendo muitas vezes exagerada a violência como ataca suas presas.
Na vida política, estes dois animais se tornaram objetos de metáforas. O primeiro se refere a pessoas que mudam de comportamentos a fim de obterem vantagens pessoais, adaptando-se a situações antes inimagináveis para si. O segundo simboliza o sujeito oportunista, que se utiliza de ações sagazes para lograr sucesso, pouco se importando com a conseqüência de tais atos, desde que consiga êxito em seus objetivos.
A cidade de Barra Mansa está permeada destes dois tipos de “animais políticos” (não confundir com o que diz Aristóteles sobre os homens). Alguns deles inclusive conseguem ser a junção de ambos.
O “comunista” Jonas Marins é o novo integrante desta metafórica biologia política barramansense. Resta nos saber em que espécie encaixá-lo.
Como camaleão, pesa o fato de ter borrado o vermelho revolucionário de seu partido (totalmente conivente com a lambança) com o arco-íris demo-tucano. Depois de ter por várias vezes falado em socialismo, governo popular, mudança e tantas outras coisas, Jonas abrigou com gosto a direita neoliberal em sua coligação majoritária. Como uma raposa, abandonou todos os parâmetros razoáveis de moral para se alinhar ao que há de mais reacionário e arcaico na política brasileira.
Meu falecido avô, que apesar de analfabeto poderia dar aula de biologia em qualquer Universidade brasileira, certa vez me alertou quanto à “inteligência” das raposas, que segundo ele, quase nunca perdem.
A inteligência que meu avô falava, não parece estar presente na coordenação política da campanha de Marins e nem nos seus dirigentes partidários. A ingenuidade de achar que inchando sua chapa de partidos lhe renderá mais votos pode ser o elemento crucial para sua derrota eleitoral.
O eleitorado espera por mudanças, e sabe os riscos que corre elegendo alguém que não respeita as próprias palavras. Que muda de lugar por puro oportunismo e se aventura conscientemente por ondas inconciliáveis da política em seu aspecto moral e ético.
Certa vez, usei deste blog para atacar Inês Pandeló por esta não ter aderido ao grupo de Marins. Não sei o que teria acontecido caso ela tivesse entrado na chapa, mas a se pensar a partir dos acontecimentos atuais, devo dizer que a petista esta à esquerda de Jonas e Zé Renato. Estes dois, representantes da mesma forma espúria de se fazer política. O povo de Barra Mansa deve castigar a ambos por tanta falta de respeito.

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