Por Adelson Vidal Alves
O 7 de Setembro, data da independência do Brasil, vem sendo nos ultimos anos centro de grandes mobilizações em todo o país. Na semana da pátria já se organizou vários plebiscitos populares, como o da ALCA, da divida externa e recentemente a da reestatização da Companhia Vale do Rio Doce.
Além do mais, atacar um governo não pode ser pauta de uma mobilização que se pretenda plural e com objetivos realmente maiores. O grito dos excluídos, por exemplo, acontece há 17 anos do Brasil e cobrou demandas seja nos governos de FHC como no de Lula, sem precisar direcionar seus ataques a determinado mandatário. Desta forma, conseguem mobilizar a complexidade dos vários sujeitos sociais, sejam eles simpatizantes ou não de determinado governo. O que vale é conquistar direitos.
O que acontecerá em frente a prefeitura no dia 7 de Setembro ainda é muito obscuro, obviamente reúne pessoas sérias e de excelentes credenciais ideológicas, mas pode servir de palanque eleitoral a quem já assumiu publicamente candidatura. Resta nos algumas perguntas sobre a real intenção de tais pessoas e repensar o risco de uma frustração coletiva se tanta força desaguar em discursos individuais e eleitoreiros, quando poderia estar nascendo aí condições favoráveis ao ressurgimento do protagonismo juvenil.
Grande parte de amigos meus que militaram na esquerda nos últimos anos preferiu ficar de fora e lamentar o “apequenamento” das ações, que retiraram o foco das demandas para se concentrar em um discurso genérico. O que está faltando é um pouco de pensamento estratégico, de mais abertura nas concepções políticas, para que a rebeldia juvenil não desemboque no vazio e não volte a passividade dos últimos anos.
Depois de todos esses anos, ando meio "gato escaldado" com esses "movimentos"... A desilusão definitiva foi quando ouvi um cara que eu considerava exemplo de participação política dizer: "O povo é gado! É só mandar que eles vão onde você quiser...". É mole? Vai vendo aí.
ResponderExcluirQuanto às redes sociais, tenho um problema com elas. Acho que vou me sentir bem quando surgirem as redes anti-sociais. Como diria Groucho Marx: "Não costumo frequentar clubes que me aceitem como sócio."
Abraço.