Por Adelson Vidal Alves
A polarização deste segundo turno das eleições presidenciais
não é esquerda x direita. Aliás, desde 1989 que isso não acontece. PT e PSDB
partiram do mesmo ponto: a social-democracia. Ambos foram à direita, e
temperaram seus governos com ingredientes do liberalismo econômico, sem, no
entanto, jamais terem se tornados “partidos neoliberais”.
Tucanos e petistas negam a naturalização das desigualdades,
estão convencidos da necessidade de um Estado forte que promova a igualdade
social. Não colocam o bem estar individual acima do bem estar social, e
valorizam responsabilidades coletivas. A grande diferença, e é exatamente o que
está em jogo neste segundo turno, são as formas de gestão que propõem. Tudo
isso passa pela relação que vão manter com a democracia e o Estado de direito.
O PT aparelhou estatais, sabotou a harmonia dos poderes republicanos,
incentivando a hostilidade contra o STF. Investiu contra liberdade imprensa,
através das esdrúxulas tentativas de regular a mídia. Decretou poderes para
conselhos populares, driblando o Congresso Nacional e cooptou movimentos
sociais.
Aécio, que trouxe para si o apoio de grupos moderados e
conservadores, também conseguiu a simpatia de grupos progressistas, instalados
em partidos de esquerda como o PSB, PPS e PV. Teve a adesão de uma
intelectualidade avançada e de compromissos inegociáveis com a democracia.
O centro deste debate, então, é a democracia. Se votarmos em
Dilma, Estaremos aprovando o projeto de eternização do poder, da liquidação de
conquistas históricas do Estado democrático de direito, e da oficialização da
corrupção como mecanismo legítimo para obtenção de ganhos políticos.
Defender a democracia é votar contra o PT, e votar contra o
PT é preferir a alternância do poder, fazer girar o núcleo do poder político. É
apostar num novo ciclo político, reformista e democrático, com preocupações
cívicas para a vida nacional. É dar um basta no longo ciclo de ineficiência
econômica e social, que legou ao Brasil, em 2014, o menor crescimento dos
países emergentes.
Votar contra o PT é declarar amor à República e suas
conquistas democráticas.
Digitei no google "lutar pela democracia é lutar contra o PT" e encontrei esse texto. Parabéns. Estamos na luta!
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