Por Adelson Vidal Alves
Marina Silva nasceu em Rio
Branco, estado do Acre em 8 de Fevereiro de 1958. Filha de seringueiros sofreu
com várias doenças em sua adolescência e viu sua mãe falecer por conta da precaríssima
estrutura da saúde pública dos hospitais de onde morava. Alfabetizada apenas
aos 16 anos, ingressou na universidade e formou-se em História, no qual dedicou
parte de sua vida como professora secundária. Em 1986 ingressa no Partido dos Trabalhadores
(PT), quando já era militante sindical ao lado do saudoso Chico Mendes. Foi
vereadora, deputada e senadora, quase sempre estando entre as mais bem votadas.
Marina fez parte da campanha
vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva a Presidência da República em 2002. Logo
foi convidada a assumir o Ministério do Meio Ambiente, onde travou intensas
lutas por uma política ambientalmente sustentável. Conseguiu vitórias
importantes, como a adoção de metas, por parte do governo, de diminuição da
emissão de gases de efeito estufa. Perdeu a batalha contra os transgênicos, e
sofreu forte pressão na política adotada contra o desmatamento na Amazônia. Em
2008, deixou o governo, depois de fortes desentendimentos com o Ministro
Mangabera Unger. Enfraquecida pelos interesses econômicos do Planalto, foi
impossível manter-se no posto. Sua demissão foi vista por ambientalistas como
uma clara opção governamental de desenvolvimento sem compromisso com as
questões ambientais.
Em 2009, a ex-ministra desfilia-se
do PT vindo a integrar-se ao PV (Partido Verde), onde se candidata a presidência da
República no ano seguinte. Enfrentando as máquinas dos governos do PT e PSDB,
obteve significativos 20 milhões de votos, firmando-se definitivamente como uma
alternativa real a polarização histórica entre tucanos e petistas. Marina também
se desligou do PV, desiludida com o autoritarismo de sua cúpula.
Hoje Marina Silva assume a
tarefa de criar um novo partido. Nos últimos meses vem colhendo assinaturas
para viabilizar a fundação da REDE SUSTENTABILIDADE, que tem a ambição de
refundar a política, alinhando-se as novas formas de organização social,
horizontalizadas e desburocratizadas, tendo como referência a chegada de novos mecanismos
tecnológicos de relação social. A pretensão da REDE é lançar Marina a
presidência em 2014. Os últimos números do IBOPE colocam-na em empate técnico
com Dilma Roussef no segundo turno.
Caso se concretize a
candidatura, o Brasil passará a ter uma real opção para o poder central do
país. A história de lutas, a sensibilidade social e a experiência institucional
de Marina, fazem dela a mais preparada para assumir a chefia do executivo, e
renovar profundamente a cultura política brasileira, valorizando a
sustentabilidade ambiental com justiça social e desenvolvimento econômico.
Teremos, provavelmente, um novo cenário eleitoral, com novas possibilidades, e
a chance imperdível de dar cara nova a sociedade brasileira, democratizando a
democracia.
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