Por Adelson Vidal Alves
A burocratização dos partidos, a desmoralização das instituições democráticas e a vulgarização do sistema politico fez com que o povo desacreditasse quase que por completo na forma oficial e representativa da organização política. O avanço da democracia participativa em todo mundo tem se dado pela reação criativa das grandes massas, que preparam manifestações e debates sem precisar passar pelos mecanismos tradicionais de debate público.
A burocratização dos partidos, a desmoralização das instituições democráticas e a vulgarização do sistema politico fez com que o povo desacreditasse quase que por completo na forma oficial e representativa da organização política. O avanço da democracia participativa em todo mundo tem se dado pela reação criativa das grandes massas, que preparam manifestações e debates sem precisar passar pelos mecanismos tradicionais de debate público.
Por várias vezes participei de reuniões de partidos e movimentos sociais que não conseguiram lograr êxito em seus projetos devido a divisão interna e a criação de facções que mais valorizavam as divergências do que as convergências. O povo se cansou de tudo isso.
O que se percebe hoje é a iniciativa popular que parte de redes sociais da internet. Por ali não se vê caciques ditando regras, nem longos e cansativos discursos raivosos sem qualquer fim, e muito menos uma mesa de burocratas prontos para ceifar falas e garantir a opinião maioritária de seu grupo. Na internet estão todos no mesmo nível, professores, operários, artistas e politicos. Todos tem direito a voz, mas nunca o de impor sua vontade pelo simples fato de deter a patente de dirigente.
A internet fortalece a democracia participativa e é instrumento indispensável no mundo globalizado. Como escreveu Antonio Negri " O império foi capaz de globalizar o capital, mas também de conectar globalmente os explorados". A globalização parece ser um caminho inevitável, Moacir Gadotti bem nos alertou que mesmo os movimentos antiglobalização também são globalizados, organizados pelas redes sociais conectadas globalmente. Sem a internet, Seatle jamais aconteceria.
É claro que ainda devemos lutar por uma reforma politica democratizadora nos marcos da democracia formal. Precisamos imediatamente da aprovação do financiamento público de campanha para inibir a interferência dos grupos econômicos na vida pública. Necessitamos também a regulamentação de referendos e plebiscitos como forma de participação direta da população nas grandes questões nacionais, mas sabemos das dificuldades da aprovação de tais leis, principalmente pela existência de bancadas corporativistas e fisiológicas no Congresso Nacional. Enquanto isso o povo vai reinventando a democracia.
Entretanto não tenho a ingenuidade de imaginar a internet como o melhor dos mundos democráticos, por lá também existe concentração de poder. Luciano Huck em seu blog fala para muito mais gente que um blogueiro como eu, e Rafinha Bastos influencia assustadoramente mais de 1 milhão de pessoas no twitter. O monopólio dos meios de comunicação de massa ajudam a construir a concetração de forças na grande rede, além do mais, as camadas mais pobres ainda detém dificuldades de acesso a internet, o que faz com que esta democracia participativa cresça através das classes médias urbanas, longe da dor dos excluidos. Assim é urgente criar programas de inclusão digital e investimento de infraestrutura para o acesso barato de milhões de pobres a grande rede. Não podemos esquecer, contudo, que os grandes grupos econômicos gerenciadores das redes virtuais estão ideologicamente ligadas ao sistema capitalista, que estaria seriamente ameaçada pela multidão de explorados conectados 24 horas por dia.
Entramos assim numa nova fase da luta democrática, uma luta que agora incorpora no debate a questão do poder e da informação, da democratização dos meios de comunicação e do fortalecimento da democracia global com total protagonismo popular, porém longe da tutela de partidos, sindicatos e outras organizações burocratizadas e pesadas que não conseguem suportar a leveza e a rapidez da nova luta por "cidadania global".
O que se percebe hoje é a iniciativa popular que parte de redes sociais da internet. Por ali não se vê caciques ditando regras, nem longos e cansativos discursos raivosos sem qualquer fim, e muito menos uma mesa de burocratas prontos para ceifar falas e garantir a opinião maioritária de seu grupo. Na internet estão todos no mesmo nível, professores, operários, artistas e politicos. Todos tem direito a voz, mas nunca o de impor sua vontade pelo simples fato de deter a patente de dirigente.
A internet fortalece a democracia participativa e é instrumento indispensável no mundo globalizado. Como escreveu Antonio Negri " O império foi capaz de globalizar o capital, mas também de conectar globalmente os explorados". A globalização parece ser um caminho inevitável, Moacir Gadotti bem nos alertou que mesmo os movimentos antiglobalização também são globalizados, organizados pelas redes sociais conectadas globalmente. Sem a internet, Seatle jamais aconteceria.
É claro que ainda devemos lutar por uma reforma politica democratizadora nos marcos da democracia formal. Precisamos imediatamente da aprovação do financiamento público de campanha para inibir a interferência dos grupos econômicos na vida pública. Necessitamos também a regulamentação de referendos e plebiscitos como forma de participação direta da população nas grandes questões nacionais, mas sabemos das dificuldades da aprovação de tais leis, principalmente pela existência de bancadas corporativistas e fisiológicas no Congresso Nacional. Enquanto isso o povo vai reinventando a democracia.
Entretanto não tenho a ingenuidade de imaginar a internet como o melhor dos mundos democráticos, por lá também existe concentração de poder. Luciano Huck em seu blog fala para muito mais gente que um blogueiro como eu, e Rafinha Bastos influencia assustadoramente mais de 1 milhão de pessoas no twitter. O monopólio dos meios de comunicação de massa ajudam a construir a concetração de forças na grande rede, além do mais, as camadas mais pobres ainda detém dificuldades de acesso a internet, o que faz com que esta democracia participativa cresça através das classes médias urbanas, longe da dor dos excluidos. Assim é urgente criar programas de inclusão digital e investimento de infraestrutura para o acesso barato de milhões de pobres a grande rede. Não podemos esquecer, contudo, que os grandes grupos econômicos gerenciadores das redes virtuais estão ideologicamente ligadas ao sistema capitalista, que estaria seriamente ameaçada pela multidão de explorados conectados 24 horas por dia.
Entramos assim numa nova fase da luta democrática, uma luta que agora incorpora no debate a questão do poder e da informação, da democratização dos meios de comunicação e do fortalecimento da democracia global com total protagonismo popular, porém longe da tutela de partidos, sindicatos e outras organizações burocratizadas e pesadas que não conseguem suportar a leveza e a rapidez da nova luta por "cidadania global".
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