Mais que um partido, o PT é uma
fábrica de delírios e fantasias, que se reproduzem através de seus papagaios
nas redes sociais. Em 2002, precisaram inventar um Brasil “neoliberal”, “entreguista”
e subordinado ao “imperialismo”, para que seu discurso se situasse à esquerda
do espectro político, contra o mal
que a “direita” fez ao país durante uma década.
Marcaram a fundação do Brasil
para Janeiro de 2003. Ao invés de mudanças radicais, acolheram o livre mercado,
investiram em políticas meramente assistenciais, trouxeram o sistema financeiro
como principal aliado de classe em sua governança, apostaram na retórica
progressista como modo de maquiar sua perfeita adequação ao modelo vigente.
Nada de revolução, nada de socialismo, o PT de Lula e Dilma gerenciou o
capitalismo trazendo para a gerência parte dos movimentos sociais, como UNE,
CUT e MST, na verdade, apenas apêndices do governo.
Mas nas falas, postagens e
artigos pró-governo, tudo se reduz ao mundo maravilhoso criado pelo petismo. Só
seria contra, o pessoal da direita e da extrema esquerda, esta, na visão
petista, apenas um braço de apoio da direita.
Contra a sua própria corrupção,
o PT treina seus militantes a tratarem tudo como coisa da “mídia golpista”. Não
há, no reino moral governista, nada de errado, tudo é perfeito, e quem é contra
está agourando, torcendo pelos “fantasmas do passado”. Os petistas que vão às
redes sociais diariamente, que divulgam blogs governistas, que escrevem e que
militam, são soldados falantes de uma guerra contra o mundo “mal” que ameaça
derrubar o paraíso Lulo-petista.
Falam demais, e falam sem
qualquer dose crítica. Atacam, caluniam e agridem, tudo baseado no esquema
teórico que divide o país em governistas do bem e oposicionistas do mal. Não
sobra espaço para terceiras vias, para uma imprensa que não fosse a favor do
golpismo, para movimentos sociais autônomos, na ideologia neo-petista ou é 8 ou
é 80.
Seria bom para o país que toda
esta farsa discursiva se calasse, que o debate se concentrasse em questões que
envolvem o destino da nação, sem apelos a maniqueísmos e terrorismos
eleitorais. Seria bom que uma boa parcela do petismo se calasse, e deixasse que
os brasileiros decidam o rumo de suas vidas ouvindo a realidade, e não a
história oficializada do Planalto, que vira verdade incontestável na boca da
militância.
Petistas, vocês falam demais.
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