Por Adelson Vidal Alves
O PT no poder abusou de
inventar fábulas e mistificar a realidade. Numa ação orquestrada de sua
militância, tentaram convencer o Brasil de que o mensalão foi inventado, Dirceu
é inocente e o governo vive sob intenso ataque da “mídia golpista” ligada às
elites. Fazem isso contra as provas abundantes apresentadas, que julgadas,
comprovaram a existência de um mega esquema de corrupção, situado nos
organismos estatais da República. Todo o processo respeitou um longo período de
ampla defesa dos acusados, e teve confirmação da Suprema Corte do país.
Se fantasias são criadas para encobrir
no partido sua visível degeneração ética, também se constroem discursos insanos
no campo ideológico. Quem não conhece o terrorismo eleitoral petista alardeando
o risco da volta da direita ao poder? Tal conversa mole se dirige aos setores
progressistas que desconfiam da gestão petista, mas que olham com maus olhos os
antecessores de Lula e Dilma. O objetivo é convencer que o PSDB e seus aliados
representam a direita e o neoliberalismo, sendo assim necessário defender o
país do retrocesso. Penso que só mesmo a total ausência de espírito crítico é
capaz de sustentar tamanho descalabro.
O fato é que os governos FHC
não foram puramente neoliberais, tão pouco o PSDB é um partido de direita. A
administração presidencial tucana (1995-2002) se caracterizou por reformas
liberalizantes que jamais se aproximaram de um liberalismo do tipo “thatcheriano”
ou “reaganiano”. Prevaleceu um Estado que fazia concessões ao mercado, mas que
jamais se resumiu as questões que advoga o liberalismo clássico. A intervenção
estatal foi capaz de melhorar os índices educacionais, ampliar políticas
sociais, modernizar setores da economia e vencer definitivamente a
hiperinflação.
O PT também não é de direita.
Discordo da extrema-esquerda que tenta tratar o partido como sendo uma espécie
de “nova direita”. O Partido dos Trabalhadores fez uma guinada conservadora,
saindo da social-democracia para o social-liberalismo. Repetindo o PSDB, deu
liberdade aos mercados, privatizou e evitou reformas estruturais. Contudo, estendeu
políticas sociais as camadas mais excluídas e manteve uma diplomacia soberana.
Uma análise rigorosa mostra,
pelo menos no cenário eleitoral, a ausência de candidaturas de direita a
presidência da República. Se a nossa transição democrática não foi capaz de
criar as condições para um governo popular, também é verdade que impediu
organização nacional de grupos de uma direita pura. Nossa democracia, regida
pela avançada Carta Magna de 1988, sofre com desvios autoritários, mas segue se
equilibrando dentro de uma legalidade que até certo ponto facilita a vida dos grupos
subalternos na luta política e social. O Brasil hoje é imune a radicalizações. Nossa
“ocidentalidade” não deixa espaços para extremismos, nem pela esquerda e nem
pela direita.
Caralho Adelson, tu ta usando muita droga véio!
ResponderExcluirO FHC mandou invandir com exército uma refinaria de petróleo, vendeu a CSN em VR do jeito que vendeu, sufocou movimentos populares no País inteiro, alinhou sua política internacional a política internacional americana e tu vem me dizer que o Governo do PSDB não foi um governo de Direita?
Pelegagem e desonestidade intelectual tem limite.