Por Adelson Vidal Alves
Faltam exatos dez dias para que a nação brasileira vá às urnas eleger vereadores e prefeitos. Segundo especialistas, é neste período que a grande maioria dos eleitores escolhe seus candidatos. Estes tiveram mais de dois meses para apresentar a população suas propostas, e convencer a sociedade que reunem as condições necessárias para ocupar um cargo representativo. Infelizmente, o financiamento dos grandes grupos econômicos a candidaturas de seus interesses de classe, traz desequilibrio na hora da difusão das ideías e na realização dos debates, substituidos por uma guerra entre marketeiros políticos, pouco interessados na discussão de projetos, e comprometidos exclusivamente em moldar o produto (candidato) para seus consumidores (eleitores).
Ainda sim, as eleições periódicas são uma arma poderosa na mão da população. Neste momento, o dono de uma multinacional tem os mesmos direitos que uma doméstica. Todos tem um voto.
O resultado das urnas irá compor o cenário político municipal pelos próximos quatro anos. Se você bateu a porta na cara de um candidato, tapou os ouvidos para o que se passou neste período eleitoral, ou simplesmente rejeitou prestar, nem que seja um pouquinho de atenção para o que se falou nestes dias, saiba que mesmo assim no dia 1 de janeiro de 2013 estarão sendo empossados milhares de prefeitos e vereadores em todo o país. De que adiantou seu desdém? Parte de seu destino estará agora na mão deles, e o subsídio de cada um será financiado por seus impostos, queira você ou não.
Nos dias que ainda restam, é aconselhável que olhemos com cautela a postura dos postulantes aos cargos. Os eleitores que escolheram seus candidatos, que sigam acompanhando seu desempenho de campanha. Até o sonzinho final da urna eletrônica é possível mudar o voto. Aos que ainda decidem, há tempo suficiente para verificar a história e os programas de cada um deles. Verifique no site do TSE se ele tem ficha limpa, acompanhe se ele responde por algum crime que o comprometa como homem público, enfim, vasculhe se por acaso há alguma mancha ética que o desabone para o cargo. A página policial da política será nem menor se cada um de nós punir, com o voto, aqueles que saqueiam o patrimônio nacional.
Não que a democracia se esgote em uma eleição, pelo contrário, se não houver pressão popular é provável que nossos governantes se acomodem em sua governabilidade. Como diz Frei Betto "governo é igual feijão, só funciona na panela de pressão".
Votemos com consciência e clareza, mas sigamos nos organizando em movimentos sociais, associações de moradores, sindicatos, grêmios estudantis e outros tantos orgãos populares. É com pessoas sérias nos cargos eletivos e muita pressão social que aprofundaremos a democracia, dando assim passos mais largos em direção a uma nova sociedade, mais justa e igual.
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