Ainda não foi dada a largada, mas o processo eleitoral de 2012 já está a todo vapor. Brasil afora o quadro político está cada vez mais claro, apesar de que certezas, só teremos mesmo no meio do ano, quando se dão inicio as convenções partidárias.
Chama a atenção, contudo, a divisão da base aliada do governo central, que travará disputas fragmentadas em várias capitais do país. Em São Paulo está o caso mais visível: Fernando Haddad (PT), Netinho de Paula (PCdoB), Gabriel Chalita (PMDB), Paulo Pereira da Silva (PDT) e Luiz Flávio D'Urso (PTB), todos partidos de sustentação do governo Dilma, já anunciaram pré-candidatura. O caso paulista expõe a fragilidade ideológica do governo , que reúne uma aliança heterogênea, que conta com partidos de esquerda como o PC do B, mas também com verdadeiros asilos direitistas, como o PP de Francisco Dornelles. A presidente já anunciou que nem ela e nem seus ministros irão interferir diretamente no processo.
No campo mais a esquerda, uma resolução do Psol, parece demonstrar outros vôos para a legenda este ano. Ao que parece, a flexibilização da política de alianças pode selar o divórcio do partido com a chamada frente de esquerda, que conta ainda com PSTU e PCB, ambos sem grande expressão eleitoral.
À direita, as movimentações parecem confirmar o declínio democrata, assim como a exigência de uma renovação do discurso oposicionista, com o risco de assumirem caminhos de decadência ainda mais graves.
Em nossa região, um caso chama muito a atenção. A candidatura de Jonas Marins (PC do B) em Barra Mansa vem ganhando cada vez mais consistência e possibilidade de vitória. Neste momento, abre-se condições reais de êxito de uma força política anti-oligárquica, que possa vir a derrotar as oligarquias que há anos administram o poder da cidade. Sua queda é visível nos últimos anos, mas a vitória para a prefeitura de setores políticos de caráter popular significaria de fato uma guinada progressista na cidade, sinal que poderia inclusive mudar a cultura barramansense e trazer respingos à esquerda em toda a região. É dever das forças de esquerda se unirem por esta vitória histórica.
Em meio a morte das ideologias e sem a tão necessária reforma política, que teima em não ser realizada, o pleito vindouro não guarda expectativas de grandes rupturas. Entretanto, é necessário observar os pequenos sinais de mudanças, nutrindo sempre o “Otimismo da vontade”.
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