Por Adelson Vidal Alves

Logo que deixou o bloco
governista, procurou uma aliança plural e de centro esquerda, a fim de trazer
para o centro do debate parte de seu programa, como as reformas democráticas e
um novo modelo econômico. Encontrou no PSDB e DEM os parceiros para tal
empreitada. O PPS não vê no primeiro um partido neoliberal. Ainda que FHC tenha
hegemonizado uma governança que enxugava o Estado, o neoliberalismo jamais foi
incorporado como ideologia oficial do partido. O PPS enxerga no PSDB uma
legenda moderna, ampla, dinâmica e com compromisso explícito com a democracia. Quanto
ao DEM, recusa a tese simplista do “partido da ditadura”. Os democratas mantém
um distanciamento significativo com a ARENA, e há muito se credenciaram para o
jogo democrático. Assume o liberalismo, mas não deixa qualquer motivo para
desconfiarmos de suas intenções democráticas. Representa setores conservadores
e moderados de nossa sociedade, mas que não nutrem qualquer simpatia por golpes
ou ditaduras.
A localização política do PPS o
fez alvo de ataques e críticas, como a de que teria se transformado em partido
de direita. Quem se aproxima do partido e sua luta, logo vê que não passa de
uma pobre retórica. O Partido Popular Socialista segue no campo das oposições
como forma de combate aos retrocessos democráticos impostos pelo PT e seu
populismo, empobrecedor das instituições republicanas, e que fazem destas
muitas vezes canais de perpetuação de poder.
As portas de mais uma eleição
presidencial, o PPS mantém se atento às movimentações dos partidos aliados, e
tenta trazer sua contribuição para um programa de governo que enfrente o
autoritarismo antirrepublicano do PT, e que ao mesmo tempo recupere uma agenda
de reformas de Estado.
A princípio, observa-se um
interessante debate no seio do PSDB, que apresenta dois quadros da tradição
democrática como candidaturas ao pleito presidencial. Aécio Neves e José Serra aparecem
como nomes da oposição em 2014. Particularmente tenho mais simpatia pelo
segundo. Desenvolvimentista e crítico as políticas econômicas neoliberais, o
ex-ministro da saúde acumula, porém, sérias derrotas eleitorais, que o
enfraquecem frente ao eleitorado e o isolam cada vez mais no partido. Aécio
Neves carrega consigo a influência do estado mineiro, a ausência de desgaste, o
perfil de um político de confiança e, principalmente, a capacidade de debate e
diálogo social, que poderiam ampliar ainda mais o bloco oposicionista.
Penso que o PPS deva participar
de uma aliança de oposição que se mantenha comprometida a desfazer os remendos autoritários
que o PT introduziu no Estado brasileiro, que possa levantar bandeiras do
reformismo democrático, que possa inserir o Brasil na economia mundial de forma
soberana e protagonista, e que principalmente, trabalhe pela remoção cada vez
mais rápida dos elementos neoliberais em nossa estrutura republicana.
Seja com Aécio, Serra ou
qualquer outro nome, o PPS deve se manter firme em seus princípios
programáticos, e mesmo que modesto em seu tamanho, não pode se aventurar por
caminhos que só venham trocar a roupagem do petismo, que nos fez recuar a uma
política de bolsificação da miséria social e política do país. Deve ser ousado,
e marcar posição como um partido socialista, democrático e de esquerda que é.
"A oposição burguesa que ainda conta com apoio do esquisofrênico PPS e do ingênuo e moralista PSOL, mirou todas as suas armas contra o presidente do Senado José Sarney."
ResponderExcluirhttp://adelsonvidal.zip.net/arch2009-07-12_2009-07-18.html#2009_07-13_15_05_18-130821423-0
Ué de esquizofrênico, virou a salvação da lavoura?
José Serra NÃO
ResponderExcluir"A mídia corrupta, venal e elitista já deu inicio em sua campanha presidencial. Seu canditado preferido é o tucano José Serra, governador de São Paulo e conhecido por seu perfil autoritário e preconceituso. Sua base de apoio vem desde os partidos da direita tradicional até setores do empresariado sonegador como a Daslu, passando é claro pela mídia corrupta, historicamente ligado ao PSDB e DEM.
Se eles podem, este blog também pode. Comecerei hoje minha campanha pessoal para 2010, sem saber é claro quem apoiar, haja vista que os candidatos da esquerda ainda não estão muito definidos. Mas o da direita está, e andam inclusive muito animados com a possibilidade de voltar o poder, contando é claro com o PIG (Partido da Imprensa Golpista) e talvez com um certo desgaste do candidato do governo frente a crise, mesmo que não haja nenhum sinal neste sentido.
Daqui em diante, este blog vai publicar reportagens, artigos e outras ferramentas que sejam capazes de mostrar para o Brasil inteiro a tragédia que seria a volta do PSDB e toda sua corja ao governo. Fiquem atentos e aguardem."
http://adelsonvidal.zip.net/arch2009-02-15_2009-02-21.html
Como muda de lado este blogueiro.